O consumo inconsciente e a suficiência de Deus

O consumo inconsciente e a suficiência de Deus


Você tem o hábito de comprar coisas sem necessidade? Se a resposta for sim, saiba que no hábito de comprar muito pode estar embutida alguma emoção reprimida que o cérebro tenta compensar gerando a sensação (momentânea) de felicidade com o produto adquirido.

Aproveite esse tempo de “reclusão” para observar mais o que acontece do lado de dentro. Pois, qualquer que seja o nosso comportamento, ele só está refletindo o que se passa internamente. E o acúmulo de objetos ou, até mesmo, tarefas, pode ser a comunicação de que alguma coisa não vai bem.

O primeiro passo para essa consciência interna é começar a questionar por quê está acumulando tanta coisa ou por quê comprar determinado objeto. É que com, essa atitude, o seu cérebro quer atender alguma necessidade interior e te “deixar bem” satisfazendo, por exemplo, alguma carência emocional.

A pergunta a ser feita é: “Onde eu quero chegar com essa compra? Em quê a aquisição desse objeto/alimento/substância me beneficiará? Como eu vou me sentir adquirindo esse objeto?” Ao responder essas perguntas, conscientemente, e identificar que aquela compra lhe trará uma impressão de bem-estar, então, você pode verificar como substituir esse comportamento de possuir/ter/comprar por algo que, de fato, vai suprir uma eventual necessidade emocional.

Quando fizer isso, naturalmente, você começará a ser uma pessoa mais seletiva, vai priorizar o que é importante e o que te faz feliz, identificará o que é suficiente e eliminará distrações que o impedem de apreciar a vida de forma plena. Isto não significa que você vai se desfazer das suas coisas da noite para o dia. Se fizer isso sem primeiro “virar a chave” da consciência, esse comportamento será momentâneo porque, depois, fará as mesmas coisas tudo de novo.

Já ensina o apóstolo Paulo: “Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Timóteo 6.7-8).

Essa “faxina” também vale para os vícios e, também, os pensamentos, principalmente, porque o nosso comportamento é determinado pela forma como os estruturamos na mente. Estes excessos, por vezes, desfocam nossos objetivos e consomem o pouco tempo que nos resta.

De uma frase que ouvi esses dias: o passarinho pode até pousar na sua cabeça, mas você não precisa deixar ele fazer ninho. Este passarinho são pensamentos. E se você não os enxotar, eles se transformarão em ações te conduzindo, talvez, do nada pra lugar nenhum.

Os vícios, por sua vez, sejam eles quais forem, em geral, também são alimentados para satisfazer alguma parte não atendida do indivíduo. E a sensação de relaxamento que ele proporciona é o que o faz permanecer enquanto a pessoa não resolve alguma pendência emocional que, muitas vezes, ela nem sabe que existe.

É para nos livrar dessa inconsciência, que a Bíblia chama de trevas, que o evangelho foi anunciado pelo Senhor Jesus e pregado aos quatro cantos do mundo pelos seus discípulos após a sua ressurreição. Pois, o evangelho é a luz que ilumina o ser humano e nos tira da condições de "cegos" e não precisamos ficar apalpando no escuro porque essa luz é que nos conduzirá às moradas celestiais.

Além disso, os ensinamentos de Cristo, por si só, nos ensinam a ser seletivos ao nos conscientizar a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça. E o fruto do Espírito, por sua vez, vai suprindo todas as nossas necessidades emocionais:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22).

Com isso, ao invés de necessitados, passamos a ser mais gratos a Cristo por todos os benefícios que ele nos faz.


Maiara Pires

Maiara Pires

Jornalista, Escritora e Produtora de Conteúdo Multimídia. Saiba mais: https://linktr.ee/maiarapiresescreve



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