Exames para diagnosticar câncer de pele caem pela metade



O oncologista Ramon Andrade de Mello, médico da Unifesp, ressalta para a importância do diagnóstico precoce

 

A pandemia do novo coronavírus tem impactado no diagnóstico dos tumores da pele. Dados do SUS (Sistema Único de Saúde) apontam redução de quase metade da procura por exames. Até setembro de 2020, foram 110 mil procedimentos contra 210 mil nos nove primeiros meses de 2019.

O oncologista Ramon Andrade de Mello, chefe do ambulatório de oncologia clínica em câncer de pele da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ressalta que o diagnóstico precoce é fundamental: “As chances de cura podem cair para 40% ou menos se a doença não for tratada logo no início”.

O pesquisador da Unifesp lembra que o câncer de pele não melanoma é o tumor mais frequente na população brasileira, respondendo por 30% dos diagnósticos de câncer no país. Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) projetam o diagnóstico de aproximadamente 180 mil casos no triênio compreendido entre 2020-2022.

Pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostra que mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção no cotidiano. “O uso de protetor solar precisa se tornar um hábito diário, assim como ocorre com o uso do álcool gel durante a pandemia. Além disso, barreiras físicas como bonés, óculos de sol, entre outros, ajudam a proteger contra os raios solares”, orienta o oncologista.

 

Sobre Ramon Andrade de Mello

Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).

O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO). 

O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).

 

Foto: Reprodução

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