Junho é o mês da conscientização da infertilidade



Dados da OMS mostram que esse desafio afeta mais de 50 milhões de casais em todo o mundo

 

Junho é reconhecido como o mês Mundial da Conscientização da Infertilidade e tem o objetivo de alertar a população para este desafio. A infertilidade é um problema que afeta tanto a mulher como o homem, a boa notícia é que devido aos avanços da medicina e das técnicas de reprodução assistida muitos casais conseguem realizar o sonho de ter filhos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um casal é considerado infértil quando não consegue engravidar após 12 meses mantendo relações sexuais sem o uso de métodos contraceptivos.

De acordo com o diretor da Clínica Origen, o médico Marcos Sampaio, estima-se que cerca de 15% dos casais enfrentam o problema, que pode ser agravado por hábitos de vida como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, obesidade, exposição ambiental a produtos químicos. Dr. Marcos Sampaio ressalta que é importante saber que as causas podem ser tanto da mulher como do homem. “Em geral, os fatores estão distribuídos igualmente entre homens e mulheres, além de um percentual sem causa aparente”, diz.

Atualmente, no caso das mulheres, umas das causas mais frequentes da dificuldade em ter filhos é a idade. É sabido que elas querem ter filhos cada vez mais tarde, depois de se estabilizar profissionalmente e financeiramente, o que dificilmente acontece antes dos 30 anos. E, após essa idade, as chances de engravidar diminuem caindo para 10% após os 40 anos.

Não é por acaso que o congelamento de embriões vem aumentando. De acordo com a Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) da Anvisa, em 2018, foram congelados 88.776 embriões para uso em técnicas de reprodução humana assistida, 13,5% a mais do que em 2017 (78.216).

É imprescindível que o casal infértil procure auxílio médico para que possam juntos buscar a solução que melhor se adapte aos seus interesses e às suas necessidades. Entre as opções de tratamentos existem inseminação artificial, fertilização in vitro, às vezes, basta a indução da ovulação com medicação para que o casal consiga efetivamente engravidar, em outros casos faz-se necessário um procedimento cirúrgico. Mas tudo isso vai depender de qual é o obstáculo que impede a gestação, bem como a identificação de qual é o momento no processo da concepção em que há erro. Por isso a importância de procurar um especialista em reprodução humana.

 

COVID-19 deve ser uma nova indicação para preservação da fertilidade

Em 11 de março de 2020, a OMS declarou a doença de coronavírus 2019 uma pandemia. Desde então, todas as autoridades federais e locais bem como agências reguladoras desenvolveram políticas robustas para reduzir a disseminação da doença. Vieram ainda preocupações sobre os riscos para as mulheres grávidas e a transmissão materna para bebês. No que diz respeito à medicina reprodutiva, médicos e pacientes ainda estão procurando as melhores maneiras de enfrentar os desafios que estão por vir. “O COVID-19 pode ser uma nova indicação para preservação da fertilidade por um período, até o retorno completo da reprodução assistida”, comenta Marcos Sampaio.  Ele destaca que é muito provável que todas as sociedades científicas da medicina reprodutiva publiquem suas diretrizes para orientar as autoridades locais e profissionais de medicina reprodutiva sobre o que seria a melhor conduta.

“Para aqueles em quem o desejo de ter filho está latente, o ideal é procurar um especialista em reprodução humana que possa esclarecer as dúvidas e indicar o melhor caminho”, esclarece Sampaio.

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