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Senado aprova MP para geração de créditos de carbono em concessões florestais

Senado aprova MP para geração de créditos de carbono em concessões florestais

Senado aprova MP que permite novas atividades econômicas sustentáveis dentro das concessões florestais, como a geração de créditos de carbono. Texto segue para sanção presidencial.


Senado aprova MP que permite geração de créditos de carbono em concessões florestais e impulsiona atividades econômicas sustentáveis

O Senado aprovou nesta terça-feira (02/05) a Medida Provisória 1.151/2022, que amplia o rol de atividades econômicas sustentáveis permitidas dentro das concessões de florestas públicas. Com a nova medida, serão permitidas novas atividades econômicas, como a geração de créditos de carbono, o que confere maior atratividade às concessões florestais e mantém a proteção dos povos e comunidades tradicionais prevista na Lei de Gestão de Florestas Públicas desde 2006, vedando a existência de concessões em seus territórios.

"A valorização das concessões florestais será um incentivo fundamental à conservação da Amazônia", celebra Jaqueline Ferreira, gerente de portfólio do Instituto Escolhas. O projeto de lei 5.518, que deu base à MP, contou com subsídios do Escolhas em sua elaboração e foi apresentado em 2020 pelo atual presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

As concessões florestais foram concebidas para incentivar o desenvolvimento de atividades econômicas a partir do manejo florestal sustentável. Em 2006, quando a Lei entrou em vigor, o Brasil esperava conceder até 44 milhões de hectares, mas pouco mais de 1 milhão de hectares de floresta haviam sido concedidos até 2022.

Um estudo do Instituto Escolhas mostrou que a comercialização de créditos de carbono pode aumentar em até 43% as receitas dos concessionários, o que destaca a importância da nova medida para impulsionar as concessões florestais.

Entre as mudanças apontadas pelo estudo como fundamentais para impulsionar o interesse de novos concessionários, e incorporadas pela MP, estão a garantia de segurança jurídica e fiscalização das ilegalidades cometidas em áreas concessionadas, a celeridade no processo licitatório e a equivalência da aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável à obtenção de licença ambiental para a prática de manejo florestal.

Agora, a MP seguirá para sanção do presidente Lula e tem o potencial de destravar as concessões florestais e impulsionar a agenda da bioeconomia no Brasil.




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