Foto: Bianck Bastos/GEA
Governo do Estado assina cooperação técnica com Instituto Brasileiro de Museus para preservação das memórias do Amapá

Governo do Estado assina cooperação técnica com Instituto Brasileiro de Museus para preservação das memórias do Amapá

Iniciativa insere o estado nas discussões sobre a construção do Plano Nacional Setorial de Museus 2025-2035.


Como uma forma de preservar a memória dos patrimônios culturais do estado, o Governo do Amapá assinou um termo de cooperação técnica com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para participação no programa "(re)Conexões", que reúne políticas públicas voltadas à conservação e valorização dos museus, levando em conta os aspectos tradicionais da região.

A assinatura do acordo ocorreu na terça-feira, 8, no Palácio do Setentrião, e na ocasião, a equipe do Ibram conheceu o trabalho de restauro realizado na Fortaleza de São José de Macapá, um passo importante para a Organização das Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconhecer o monumento como patrimônio histórico da humanidade. A cerimônia foi marcada ainda por debates sobre a cultura amapaense e apresentações de marabaixo.

Assinatura do termo de cooperação técnica contou com apresentação de marabaixoAssinatura do termo de cooperação técnica contou com apresentação de marabaixo - Foto: Bianck Bastos/GEA

O (re)Conexões tem a finalidade de desenvolver discussões, debates e ouvir a sociedade para elaborar, de forma democrática, a construção de políticas públicas voltadas à conservação e valorização dos museus.

Em agosto do ano passado, o Governo do Estado formalizou o protocolo de intenções com o Ibram, que prevê a implementação do Sistema Estadual de Museus para incentivar mais integração entre as instituições. No mesmo período, foram realizadas várias visitas técnicas nos museus do estado, entre eles, o Joaquim Caetano, Museu de Arqueologia e Etnologia, Museu da Fortaleza de São José de Macapá, Museu Antropológico do Curiaú, Museu Sacaca, em Macapá, e Museu da Base Aérea, no município de Amapá.

Secretária de Cultura do Amapá, Clícia Di Micelli, e a presidente do Ibram, Fernanda Castro

Secretária de Cultura do Amapá, Clícia Di Micelli, e a presidente do Ibram, Fernanda Castro - Foto: Paula Morazza/Secult

“Cada museu conta uma história e preserva uma memória. A Fortaleza de São José está recebendo uma intervenção muito importante com um serviço de restauro, e isso é um marco dentro desse processo de atenção aos museus, porque o museu Fortaleza é um símbolo da nossa cultura e do turismo do Amapá”, ressaltou a secretária de Cultura do Amapá, Clícia Di Miceli.

O (re)Conexões do Ibram promove o diálogo entre as esferas estadual e federal onde uma série de atividades surgem a partir das discussões tratadas com a sociedade civil e representantes de entidades. É uma oportunidade de captar recursos, editais, capacitações para o setor dos museus.

“O povo brasileiro é muito diverso, as nossas instituições são muito plurais, então para gente saber o que cada estado e a sociedade civil precisa para os seus museus, para suas políticas de memória, a gente tem que estar presente e ouvir essas demandas e construir juntos essas políticas públicas”, explica a presidente do Instituto Brasileiros de Museus, Fernanda Castro.

Apresentação do cronograma de revitalização da Fortaleza de São José de MacapáApresentação do cronograma de revitalização da Fortaleza de São José de Macapá - Foto: Bianck Bastos/GEA

As informações e contribuições colhidas no Amapá vão pontuar os debates do 8° Fórum Nacional dos Museus, que deve ocorrer de 25 a 30 de novembro, em Fortaleza, no Ceará. Na ocasiçao, será votado o texto do Plano Nacional Setorial de Museus que vai orientar a implementações das políticas de memória do país.

O Amapá é símbolo de cultura tradicional. Em Macapá há 8 museus que guardam histórias e memórias de outras gerações, além de sítios arqueológicos espalhados pelos 16 municípios. O programa vem para consolidar políticas efetivas para a conservação dos centros museológicos, bem como fomentar o turismo e fortalecer a valorização das diversidades culturais do estado.

Por Bianck Bastos




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