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Polícia Federal desencadeia operação para investigar ilícitos eleitorais em Macapá

Polícia Federal desencadeia operação para investigar ilícitos eleitorais em Macapá

Ação visa apurar transporte ilegal de eleitores durante as eleições de 2022


Polícia Federal cumpre mandados para apurar ilícitos eleitorais em Macapá

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), Força Tática e o 6º Batalhão da Polícia Militar, deflagrou na manhã desta terça-feira (16/05) a Operação Preposto em Macapá. O objetivo da operação é apurar suspeitas de transporte ilegal de eleitores durante as eleições de 2022. Dezesseis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Zerão, Centro, Universidade, Marabaixo, Buritizal, Novo Buritizal, Jardim Marco Zero, Equatorial, Laguinho, Congos e São Lazaro, em Macapá, além dos municípios de Santana e Laranjal do Jari.

A Operação Preposto é um desdobramento da Operação Maquilagem, que foi deflagrada em 14 de outubro de 2022. A Operação Maquilagem investigou um esquema de compra de votos e captação de pessoas para candidaturas femininas fraudulentas, com o oferecimento de vantagens indevidas utilizando recursos do fundo partidário.

Durante as investigações da Polícia Federal, foram encontrados indícios consistentes de um esquema de transporte irregular de eleitores e violação do sigilo do voto, relacionados a um candidato ao cargo de deputado estadual e outro ao cargo de deputado federal nas eleições de 2022.

Segundo as informações levantadas, a maioria dos investigados são servidores públicos que estariam envolvidos no transporte ilícito de eleitores, na violação do sigilo de voto e na captação de eleitores no dia das eleições para beneficiar os candidatos em questão. Um dos investigados ocupava uma posição de comando, responsável por ordenar e organizar o esquema, sendo o ponto central de comunicação entre os demais envolvidos.

Os suspeitos conduziam eleitores de vários municípios até os locais de votação, fazendo com que posassem para fotos ao lado de panfletos dos candidatos, conhecidos como "santinhos", como forma de comprovar que estavam apoiando os políticos beneficiados.

Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, transporte irregular de eleitores e violação do sigilo do voto. Caso sejam condenados, poderão enfrentar pena de até 16 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

A Polícia Federal ressalta a importância de investigar e coibir práticas ilícitas nas eleições, garantindo a lisura do processo democrático e a igualdade entre os candidatos. A Operação Preposto representa mais um esforço no combate à corrupção eleitoral, visando a proteção do voto e a preservação da legitimidade do sistema eleitoral brasileiro.


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