Governo do Amapá prorroga edital "Mãe Dulce" de valorização de comunidades de matriz africana e povos de terreiros
Inscrições seguem abertas até 26 de setembro. Seleção busca fortalecer o segmento dentro do estado com investimento de até R$ 10 mil em orçamentos de projetos de políticas sociais e estruturais.
O Governo do Amapá prorrogou até 26 de setembro as inscrições para o edital “Mãe Dulce”, para a seleção de 30 projetos de política social, estruturação e economia do axé, cultura e agroecologia. A iniciativa busca fortalecer a economia e a cultura de comunidades de terreiros e povos de matriz africana.
Coordenado pela Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Amapá (Fundação Marabaixo), a seleção visa apoiar a difusão cultural, valorização e promoção de ações afirmativas contra a intolerância religiosa e o preconceito, além de assegurar a preservação do patrimônio cultural imaterial das comunidades tradicionais.
A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, explica que o edital faz parte das políticas públicas afirmativas do Governo do Estado, que valorizam e garantem que a cultura do chamado “povo de axé” se mantenha viva.
“O ‘Mãe Dulce’ chega para garantir a política pública afirmativa de equidade fazendo valer a garantia de direitos, valorizando e respeitando as tradições dos povos tradicionais de terreiro. Ele garante condições de manter viva a sua cultura, que é ancestral. Garantir fomento onde o povo de axé possa desenvolver seus projetos é olhar e valorizar quem cultua a vida e as origens de matrizes africanas no Amapá”, esclarece a diretora.
Projetos contemplados serão beneficiados em categorias de R$ 3 a R$ 10 mil - Foto: Jorge Junior/GEA
Os projetos contemplados serão beneficiados em categorias de R$ 3 a R$ 10 mil. Podem concorrer pessoas físicas ou jurídicas, incluindo coletivos sem CNPJ, desde que residam no Amapá há pelo menos 5 anos. Serão avaliados a relevância do projeto para a comunidade, coerência no orçamento, avaliação técnica e mérito cultural.
Para participar, é necessário desenvolver um projeto cultural voltado para o fortalecimento das comunidades de terreiros e de matriz africana, como oficinas e capacitações com cursos de formação cultural, exposições afro-religiosas, festivais e eventos comunitários. Também podem ser inscritos projetos de manutenção ou reforma de espaços de terreiros, ações socioculturais com rodas de conversa e palestras, restauração estrutural e aquisição de equipamentos.
Por Amanda Ísis