© Giorgio Venturieri/Embrapa. Reprodução Agência Brasil
MIDR vai ao Amapá para fomentar Rota do Açaí no Arquipélago do Bailique

MIDR vai ao Amapá para fomentar Rota do Açaí no Arquipélago do Bailique

Equipe da Pasta visitará comunidades produtoras da fruta e realizará oficina de planejamento estratégico para a criação de um polo


O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) vai realizar, deste domingo (21) até a próxima terça-feira (23), uma missão técnica no estado do Amapá. O objetivo é levantar subsídios e debater a criação de um polo da Rota do Açaí no Arquipélago do Bailique, que reúne oito ilhas localizadas no delta do Rio Amazonas, a 160 quilômetros da cidade de Macapá. A estratégia visa aumentar a produtividade do fruto nas ilhas, além de ampliar o mercado para outras localidades da Região Norte do País.

A primeira atividade da equipe do MIDR, no domingo, será uma visita de campo a três comunidades do Bailique produtoras de açaí, de pequeno, médio e grande portes. Na segunda-feira (22), a comitiva segue para a capital Macapá e para a cidade Santana, onde visitará as infraestruturas de produção de açaí do Polo Tucuju, que também inclui as cidades de Amapá, Calçoene, Itaubal, Laranjal do Jari, Mazagão e Serra do Navio. No último dia da missão, será realizada a Oficina de Planejamento Estratégico do Polo da Rota do Açaí do Bailique.

“O açaí tem grande potencial de inclusão produtiva, envolve comunidades de diferentes perfis, sejam agricultores familiares quilombolas ou ribeirinhos. É uma cultura bastante disseminada no território amazônico, além de ser altamente sustentável, por contribuir com a recuperação de áreas degradadas”, afirma a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo. “Mas ainda há um alto nível de informalidade na produção e pouca agregação de valor. A criação dos polos contribuir para que possamos mudar essa realidade”, completa.

Originário da Amazônia, o açaí, nas últimas décadas, se popularizou no País e ganhou mercados mundo afora pelos seus atributos nutricionais e antioxidantes. Além do uso como alimento, também é usado como fonte de corante natural para a indústria de alimentos e em outros produtos de alto valor agregado, como cosméticos e produtos medicinais.

Os frutos do açaizeiro, em sua maioria, são obtidos pelo extrativismo, atividade típica da agricultura familiar ribeirinha. O setor possui, assim, grande potencial de geração de empregos e renda, tendo em vista que a cadeia produtiva envolve desde pequenos produtores e batedores a indústrias processadoras com reduzida necessidade de capital. É, ainda, uma atividade ambientalmente sustentável, pois o manejo sustentável das áreas de várzea possibilita que se compatibilize a exploração econômica com a preservação do bioma amazônico.
 

Programa Rotas de Integração Nacional

A Rota do Açaí no Amapá integra o Programa Rotas de Integração Nacional, que busca promover investimentos e capacitação em cadeias produtivas consideradas estratégicas.

Atualmente, o MIDR reconhece, em todo o País, 6 polos da Rota do Açaí; 6 da Rota da Biodiversidade; 2 da Rota do Cacau; 15 da Rota do Cordeiro; 2 da Rota da Economia Circular; 5 da Rota da Fruticultura; 6 da Rota do Leite; 9 da Rota do Mel; 4 da Rota da Moda; 7 da Rota do Pescado; e 4 da Rota da Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC).

 

Segurança hídrica

Além do fomento à produção de açaí, o MIDR também vem buscando soluções para garantir segurança hídrica para o Arquipélago do Bailique. No início do mês, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, conheceu projeto com esse objetivo desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação (ISI) em Química Verde, em parceria com o Senai do Amapá.

Batizado de "Água potável para comunidades ribeirinhas no Delta do rio Amazonas: uma solução multidisciplinar de Engenharia, Química e Biologia para o Arquipélago do Bailique”, o projeto tem o objetivo de atender cerca de 15 mil pessoas em 56 comunidades indígenas e quilombolas do arquipélago amapaense. Saiba mais neste link.

“O Arquipélago do Bailique é uma região que tem um potencial enorme a ser explorado. E, para isso, é preciso garantir que a população tenha acesso a água de qualidade, a energia, entre outros serviços essenciais”, destaca Waldez Góes. “Nossa responsabilidade como Governo Federal é liderar políticas públicas para isso. Abrimos várias parcerias, diálogos, participamos de audiências públicas e agora fizemos esta reunião já com a sinalização, a definição de uma tecnologia apropriada para aquela realidade”, acrescentou.

Waldez Góes ressaltou que garantir segurança hídrica a toda a população brasileira é um dos objetivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o Bailique é uma prioridade. “É uma região onde vivem mais de 50 comunidades na foz do Amazonas, no encontro do rio com o mar, e que não podem ficar sem uma solução para água potável e energia renovável”, afirmou. “No caso da água, devemos lançar em breve o novo programa Água para Todos, que terá como uma das metas a dessalinização de águas salobras do Bailique para possibilitar o consumo humano”, finalizou.




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