27,2% dos ingressos das famílias estão comprometidos com a quitação de dívidas

27,2% dos ingressos das famílias estão comprometidos com a quitação de dívidas

Mesmo com uma grande parte das famílias endividadas, pouco a pouco o percentual de comprometimento de renda para a quitação de dívidas está diminuindo, assim como o número de pessoas que estão menos atrasadas com o pagamento das suas contas.


O Brasil, assim como muitos outros países, enfrenta desafios significativos relacionados às dívidas das pessoas. A situação econômica, eventos imprevistos e mudanças nos padrões de vida contribuem para o endividamento da população. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) uma parcela considerável da população brasileira enfrenta dificuldades financeiras devido a dívidas.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de janeiro, feita por esta instituição, 78,1% das famílias entrevistadas possuem dívidas, 0,5% a mais do que no mês anterior.

Contudo, o percentual de famílias com dívidas em atraso continua com a tendência decrescente: a um ano atrás eram 29,9% dos entrevistados, em janeiro deste ano são 28,3%. Do mesmo modo, houve uma leve redução das famílias que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas, passou de 12,2% em dezembro para 12,0% em janeiro.

 

Cenário atual das dívidas no Brasil

Não é possível negar que a pandemia causada pelo COVID-19 teve um impacto significativo nas finanças das famílias brasileiras. Muitas pessoas perderam seus empregos, tiveram redução de seus salários e enfrentaram diversos desafios econômicos; com tantos imprevistos houveram dificuldades para cumprir os compromissos financeiros e assim muitas dívidas foram geradas.

Em decorrência vimos nos últimos anos que o endividamento da população brasileira atingiu um nível preocupante. No mês de julho de 2022 anos alcançou 50,1% das famílias, de acordo com dados do Banco Central do Brasil (BC).

Satisfatoriamente esse percentual está sendo reduzido pouco a pouco, em outubro do ano passado mostrou uma leve queda: 47,6% das famílias brasileiras possuem dívidas com o sistema financeiro.

Os dados revelam que uma grande parte destas dívidas estão relacionadas a empréstimos pessoais, cartões de crédito e financiamentos. Em outras palavras, 30,2% é o nível de endividamento das famílias ao excluir as dívidas imobiliárias.

 

Negociando as dívidas

O governo brasileiro e diversas instituições financeiras implementaram programas de renegociação de dívidas, que oferecem condições facilitadas para a quitação de débitos tributários. Desta maneira, mostram uma luz no fim do túnel para muitos ao facilitar um auxílio para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras, seja flexibilizando o pagamento, oferecendo descontos ou propondo novas formas de parcelar.

Por exemplo, o programa “Desenrola”. Desde julho do ano passado o governo nacional pôs em marcha este programa federal de renegociação de dívidas de até R$ 20 mil, com o objetivo de facilitar o pagamento das dívidas e consequentemente ajudar as pessoas que estão negativadas.

Recentemente este programa liberou novas formas de acesso, por exemplo, por meio do Serasa (antes somente era possível pelo site do governo). Com esta liberação mais de 445 mil pessoas acederam ao programa. Porém, o prazo para a renegociação de dívidas está liberado até 31 de março deste ano.

Ainda que o programa tenha sido aplicado em etapas, de acordo com os ingressos dos devedores, no final de setembro pessoas com ingressos de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) já podiam dar início à negociação de suas dívidas.

Com isso, o Banco Central verificou uma queda no comprometimento da renda das famílias brasileiras com o Sistema Financeiro Nacional (SFN), que passou de 28,4% registrado em junho de 2023 para 27,2% quatro meses depois.

No entanto, o comprometimento da renda continua sendo alto. Diante desse cenário, procurar uma boa negociação das dívidas torna-se muito importante, dado que é imprescindível evitar o agravamento da situação financeira.

De acordo com a plataforma digital e o comparador financeiro O Melhor Trato, aqui estão alguns passos importantes a serem considerados ao negociar uma dívida:

  1. Análise da situação financeira: Antes de iniciar as negociações, é crucial realizar uma análise detalhada da situação financeira. Isso inclui identificar todas as dívidas pendentes, avaliar os recursos disponíveis e determinar a capacidade de pagamento.
     
  2. Contato com o credor: Estabelecer um diálogo aberto com o credor é essencial. Muitas instituições financeiras estão dispostas a negociar termos de pagamento mais flexíveis, especialmente se o devedor demonstrar boa fé e disposição para resolver a situação.
     
  3. Proposta de acordo: Após avaliar a situação financeira e discutir com o credor, é hora de apresentar uma proposta de acordo. Isso pode incluir a renegociação de prazos, redução de juros ou até mesmo a quitação da dívida com um considerável desconto.
     
  4. Formalização do acordo: Uma vez que ambas as partes concordem com os termos da negociação, é crucial formalizar o acordo por escrito. Isso proporciona segurança jurídica para ambas as partes e evita mal-entendidos futuros.

 

Em meio ao desafio das dívidas no Brasil, é fundamental que as pessoas enfrentem a situação de maneira proativa. A negociação de dívidas e a participação em programas de renegociação oferecem oportunidades para aliviar o peso financeiro e retomar o controle da vida econômica. Ao buscar soluções colaborativas, tanto devedores quanto credores podem contribuir para a estabilidade financeira e o bem-estar econômico do país.

 

FONTES

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor

Comparador financeiro O Melhor Trato


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