Espetáculo "Encantaria de Griot" celebra a tradição quilombola e as lendas nortistas
Dueto poético e musical mexeu com o público, no palco do Pavilhão Amapá 80 Anos, na quarta-feira, 4.
As tradições folclóricas, a periferia, o quilombo e a cultura negra tomaram conta do palco do Pavilhão Amapá 80 Anos, com performance musical e poética do coletivo “Amazonizando”, que trouxe o espetáculo: "Encantaria de Griot", para a 52ª Expofeira do Amapá, promovida pelo Governo do Estado, no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá.
Com músicas amazônidas e autorais, a apresentação na noite de quarta-feira, 4, trouxe marabaixo, carimbó, efeitos sonoros e danças para agitar e mexer com o público presente que acompanhou a performance potente e envolvente de Suane Brazão e Mestre Ivamar.
"A gente vai misturando essas tradições, essas encantarias, essas lendas, e vai trazendo todas elas para o meio do nosso show, misturando poesia, recontando as histórias e as narrativas", conta a atriz e cantora, Suane Brazão.
O espetáculo já circulou por outros estados e ganhou novas versões para integrar o público de cada região. No Amapá, terra de origem dos artistas, a apresentação artística e poética incorpora Matita Pereira, relembra os quilombos tradicionais, como o Curiaú e reforçar a ocupação político-cultural do povo negro da região.
"A ideia é trazer uma Matita e depois fazer um trabalho com as caixas de marabaixo, para que as pessoas se envolvam. Trazer algo tão poderoso assim para a Expofeira é incrível, aqui é um espaço de empreendedorismo e que está funcionando, é algo novo, que a gente tem que estar de olho como artistas, que tem seu trabalho como fonte de renda e como cidadãos que também contribuem para esse estado", reforça o ator, Mestre Ivamar.
A apresentação integrou a programação cultural do Pavilhão Amapá 80 Anos, que recebeu também em seu palco grupos como: Os Pinducos, Hélio Corte e Pedro Carmona.
Por: Rafaela Bittencourt