Foto: Márcia do Carmo/GEA
Do Marabaixo ao Hip Hop: palco da 52ª Expofeira do Amapá celebra expressões de raiz africana locais

Do Marabaixo ao Hip Hop: palco da 52ª Expofeira do Amapá celebra expressões de raiz africana locais

Grupos de diferentes manifestações culturais de origem africana se apresentaram em palco localizado no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá.


As raízes negras do Amapá foram celebradas na programação da 52ª Expofeira neste sábado, 30, no Barracão de Expressões Afro-amapaenses. O palco recebeu atrações envolvendo marabaixo, capoeira, manifestações religiosas de matriz africana e hip hop. A festa organizada pelo Governo do Amapá segue até o dia 08, e procura trazer artistas locais que expressam artes com influências africanas.

“Essa é uma expressão cultural muito forte no nosso estado, inclusive se você observar a ambientação também acompanha essa linguagem. Nesse ano de retomada, nós decidimos organizar por temas os palcos, isso é interessante porque se eu especifico uma linguagem da arte para aquele palco, as pessoas que gostam daquela expressão se organizam para vim ver”, explicou a secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira di Miceli.

As atrações foram marcadas por apresentações de Marabaixo dos grupos Heranças Ancestrais, Herdeiros do Marabaixo e Berço do Marabaixo. O ritmo tradicional amapaense emocionou tanto o público local, como visitantes que nunca haviam tido contato com os ladrões de marabaixo.

“Estou encantada com esse ritmo, gostei muito de conhecer o marabaixo, me encantou a percussão desse ritmo, as roupas típicas e a exaltação ao divino”, disse a paulistana Isabela Poli, que visita o estado pela primeira vez.

O palco também trouxe a mistura de elementos de dança e luta dos projetos Capoeira Verga do Norte e Capoeira Bimbinha, que atuam com crianças e adolescentes de regiões periféricas de Macapá como os bairros Brasil Novo, Buritis e Jardim I.

A jovem aluna da Escola de Capoeira Verga do Norte, Juliane Brandão, de 12 anos, que se apresentou no Barracão Expressões Africanas, disse estar muito grata em poder praticar seu esporte em um dos maiores eventos do calendário amapaense e destacou a importância do esporte para sua vida.

“É um esporte que tira as pessoas da rua e das coisas ruins, eu antes saía pra rua quando não estava em casa e hoje fico focada na capoeira segunda e quarta, e pude me apresentar nesse evento tão legal”, destacou.

A religiosidade também teve espaço na Expofeira, com grupos que puderam fazer demonstrações de sua fé através de danças e músicas. A festa contou também com o Hip Hop Batalha Amapá, que fez o público se admirar com o poder de improviso de rappers amapaenses em batalhas de MC’s e também dança de rua mostrando a evolução Breaking Dance. A última apresentação da noite foi uma atração internacional, o grupo Nostal’J, que trouxe mais da cultura da Guiana Francesa. 

A apresentações seguem neste domingo, com mais grupos de batuque, marabaixo, capoeira, manifestações religiosas de matriz africana e hip hop, com os grupos Malocão do Pedrão, Guerreiros São José Capoeira e Máfia Nortista.

 

Por: Luan Rodrigues




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